Localizado na região sudeste do Brasil, o estado do Espírito Santo ocupa um pouco mais de 46 milhões de quilômetros quadrados de área e conta com cerca de 3,5 milhões de habitantes. Ao norte, faz divisa com a Bahia, ao sul com Rio de Janeiro, e a oeste com Minas Gerais. É banhado a leste pelo oceano Atlântico que lhe proporciona uma faixa litorânea de quase 400 km. Essencialmente, a economia capixaba é sustentada por atividades portuárias de exportação e importação, pela indústria de celulose, pela siderurgia, pela extração de rochas ornamentais (mármore e granito), pela exploração de petróleo, gás natural e pelo cultivo de café.
Ao longo da faixa litorânea do Espírito Santo encontram-se 73 ilhas, incluindo sua capital, Vitória, além de centenas de praias com cenários diversos, incluindo belezas naturais e redutos para lazer e descanso.
A cidade cede para o IV Simpósio Nacional da Formação do Professor de Matemática é Vitória. Com 358267 habitantes (segundo estimativas do IBGE referentes a 2018) Vitória é a quarta cidade mais populosa do estado do Espírito Santo, sendo superada em termos populacionais somente pelos municípios limítrofes da sua região metropolitana: Vila Velha, Serra e Cariacica. Essas cidades integram uma metrópole denominada Grande Vitória, a qual possui cerca de 2 milhões de habitantes.
Nos últimos anos, Vitória tem recebido diversos prêmios relativos à qualidade de vida que ela oferece. Com efeito, atualmente ela possui o quinto maior índice de desenvolvimento humano (IDH) dentre todos os municípios brasileiros. Em 2015, foi considerada pela Organização das Nações Unidas (ONU) a segunda melhor cidade para se viver no Brasil. Em 2017, segundo uma consultoria da empresa Macoplan, Vitória foi classificada como a terceira melhor capital brasileira para se viver. Ainda em 2017, foi eleita a cidade com o melhor capital humano do Brasil, segundo a revista Exame. Além disso, a capital capixaba possui o maior índice de bem-estar urbano entre as capitais brasileiras e concentra sete entre os vinte melhores bairros de todo país classificados por IDH-M.
Além de ter se tornado um importante roteiro turístico a nível nacional, Vitória tem sido eleita, nos últimos anos, como sede de importantes eventos científicos, culturais e comerciais. Exemplos incluem a Feira anual do Mármore e do Granito, o Congresso Brasil-Argentina de Direito Processual, a XI Conferência Brasileira de Mídia Cidadã e o 3º Encontro Nacional de Pesquisa em História da Educação Matemática. Além disso, a capital capixaba recebeu um Congresso de Matemática Aplicada e Computacional e uma reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).
A infraestrutura hoteleira de Vitória é bastante diversificada e é fruto de frequentes elogios por parte de visitantes. A cidade possui a melhor e mais completa estrutura hoteleira da Grande Vitória, sendo reconhecida pela sua capacidade de hospedar com qualidade e eficiência os turistas de negócios ou lazer. De acordo com pesquisas do Observatório do Turismo de Vitória em 2014, foram identificados 3.357 unidades habitacionais e 6.107 leitos na cidade. A modalidade Hotel representa 76,1% dessa capacidade. Em seguida, Flat/Apart Hotel aparece com 22,3% e Pousada/Hostel com apenas 1,6%.
A tradição pesqueira e a herança da cultura indígena e negra influenciaram consideravelmente a culinária capixaba, tornando-a eclética, produto de muitas influências dos habitantes locais dentre os quais destacam-se descendentes de portugueses, africanos e povos do norte da Europa. Dos italianos, os que exerceram maior influência, temos o anholini, o tortei, a sopa pavese, o risoto e a polenta.
Os pratos típicos mais famosos do ES são a torta capixaba e a moqueca. Famosa internacionalmente, a moqueca capixaba é o prato mais conhecido da culinária do Espírito Santo.
Recentemente, Vitória recebeu um novo e moderno aeroporto, cujo terminal de passageiros tem cerca de 6000 m², distribuídos em térreo e 1° pavimento, e conta com 71 pontos comerciais. O aeroporo Eurico de Aguiar Salles está localizado a 4 km da rede hoteleira da praia de Camburi e a 3 km do Campus de Goiabeiras da Universidade Federal do ES (UFES), instituição que indicamos para a realização do simpósio. Em julho de 2018, o aeroporto de Vitória foi eleito pelo Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil o melhor terminal aeroportuário do Brasil com capacidade de receber até cinco milhões de passageiros por ano.
A Universidade Federal do Espírito Santo
A então Universidade Estadual, um projeto ambicioso, mas de manutenção difícil, se transformava numa instituição federal. No último ato administrativo do presidente Juscelino Kubitschek, em 30 de janeiro de 1961, foi criada a Universidade Federal do Espírito Santo, a Ufes. Para o Espírito Santo, um dos mais importantes. Ao longo dos anos a Ufes consolidou-se como referência em educação superior de qualidade, conceituada nacionalmente. Nela estão cerca de 1600 professores, 2200 servidores técnicos, 20 mil estudantes de graduação presencial e a distância, e 4 mil de pós-graduação. Possui 101 cursos de graduação, 58 mestrados e 26 doutorados, e desenvolve cerca de 700 programas de extensão na comunidade.
A reforma universitária no final da década de 60, a ideologia do governo militar, a federalização da maioria das instituições de ensino superior do país e, no Espírito Santo, a dispersão física das unidades criaram um novo quadro. A concentração das escolas e faculdades em um só lugar começou a ser pensada em 1962. Cinco anos depois, o governo federal desapropriou um terreno no bairro Goiabeiras, ao norte da capital, pertencente ao Victoria Golf & Country Club, o qual a população conhecia como Fazenda dos Ingleses. O campus principal (de Goiabeiras) ocupa hoje uma área em torno de 1,5 milhão de metros quadrados.
O Curso de Matemática da Universidade Federal do Espírito Santo teve seu início em 1965. Nesta época a UFES contava, em todos os seus cursos, com aproximadamente 3.000 alunos e o número de vagas era em torno de 700 por ano. O corpo docente de Matemática da Faculdade de Filosofia contava em seus quadros com aproximadamente 10 docentes de Matemática, dos quais apenas 4 tinham formação em Matemática.
O Curso foi reconhecido pelo Decreto Nº 66.477/1970 e funcionava inicialmente em regime seriado anual. Com a Reforma Universitária, em 1972, sofreu uma reestruturação, passando para o regime de créditos, com disciplinas semestrais.
Em 2006, foi implantado o Curso de Mestrado em Matemática, esforço conjunto do Departamento de Matemática, o que contribuiu para a dinamização da pesquisa em Matemática na Universidade, além do fortalecimento do Curso de Graduação em Matemática.
Em 2011, o Departamento de Matemática do Centro de Ciências Exatas aderiu ao Programa de Mestrado Profissional em Matemática em Rede Nacional (PROFMAT) da Sociedade Brasileira de Matemática (SBM). O PROFMAT é um programa de mestrado semipresencial na área de Matemática com oferta nacional. Na UFES o programa formou, até a presente data, 62 mestres e conta com 112 alunos regularmente matriculados.